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Rayssa Gomes 15 de Junho de 2025

Barreira Cutânea Danificada: Os Produtos para Fortalecer e Reparar a Barreira da Pele

Quem nunca notou a pele piorar depois de usar um produto inadequado ou fazer algum procedimento mais agressivo?

Imagem de mulher com a barreira da pele danificada e com cremes reparadores de barreira cutânea

Eu mesma já passei por isso — minha pele ficou extremamente sensibilizada após o uso de ácidos que, hoje sei, não eram indicados para mim. E talvez você também já tenha vivido algo parecido.

Mas a verdade é: não importa o que causou o rompimento da sua barreira cutânea.

A partir desse momento, o foco precisa ser total no cuidado, evitando produtos que possam agravar a sensibilidade, a acne ou até mesmo manchas como o melasma — que tem um importante componente inflamatório.

O caminho agora é usar cosméticos suaves, calmantes e reparadores.

Neste post, vou te mostrar quais produtos e hábitos podem piorar a barreira cutânea e, ao final, te indico os melhores aliados para recuperar a saúde da sua pele de forma mais rápida e segura.

E sim o creme Cicaplast é um dos melhores, mas não existe só ele não. Aliás, existem outros tão bons quanto (e talvez até melhores!)

Prefere esse conteúdo em vídeo?

O que pode danificar ainda mais a barreira da pele?

Quando a barreira cutânea está comprometida, qualquer agressão extra pode piorar o quadro. Por isso, atenção redobrada aos seguintes produtos e práticas:

1. Ácidos fortes e procedimentos agressivos

Produtos com altas concentrações de ácidos, peelings químicos, microagulhamento e certos tipos de laser são muito eficazes, mas exigem indicação profissional e cuidados específicos antes e depois do procedimento.

Sem esse preparo, o risco de dano à barreira cutânea aumenta bastante.

2. Skincare com ácidos — mesmo em casa

Mesmo os ácidos usados em casa, como séruns com ácido salicílico, glicólico ou retinoides, podem ser agressivos demais se sua pele já estiver sensibilizada.

3. Produtos que geram atrito

Lenços demaquilantes, discos de algodão, de crochê ou qualquer outro item que provoque atrito podem agravar a lesão da barreira. O mesmo vale para toalhas usadas de forma brusca.

4. Esfoliantes físicos

Esfoliantes com partículas físicas/grânulos, principalmente as mais grossas como açúcar ou café, devem ser evitados. Além de irritar, eles podem piorar quadros de acne e manchas.

5. Máscaras para retirar cravos

Apesar de populares, essas máscaras não são eficientes para remover cravos de verdade, mas são ótimas… para remover sua barreira cutânea! Melhor passar longe delas.

6. Escovas faciais

Escovas e buchas para o rosto não são necessárias e, em casos de barreira danificada, podem fazer mais mal do que bem.

O que fazer para reparar a barreira cutânea?

Agora que você sabe o que evitar, vamos focar no que realmente importa: reparar e fortalecer a barreira da pele com muita gentileza e paciência.

1. Pare tudo e volte ao básico

Esse é o momento de suspender todos os ativos agressivos. Sua rotina deve ser mínima, com foco em suavidade, hidratação e reparação.

2. Evite esfregar a pele

Sabia que até esfregar a toalha na hora de secar o rosto pode piorar a situação? O ideal é sempre secar com leves toques, sem atrito.

3. Faça uma limpeza suave

Escolha um sabonete facial gentil, que não resseque. Limpeza eficiente não significa pele repuxando!

4. Hidrate intensamente

Os hidratantes agora são os protagonistas. Procure fórmulas com ativos calmantes e reparadores, como:

  • Ceramidas: reforçam a barreira cutânea.
  • Dexpantenol (pró-vitamina B5): ação calmante e cicatrizante.
  • Centella asiática: potente reparadora.
  • Aveia: suaviza e acalma.
  • Prebióticos: equilibram a microbiota.
  • Óxido de zinco: ação anti-inflamatória e cicatrizante.

Boas opções de produtos:

  • Cicaplast (La Roche-Posay) - contém pantenol, um excelente hidratante e regenerador; madecassoside que é anti-inflamatório; além de prebiótico.
  • Cicalfate (Avène) - é excelente como reparador, já que contém o óxido de zinco que é cicatrizante e anti-inflamatório; sulfato de cobre e zinco que impedem a proliferação bacteriana; além de um ativo pós-biótico para melhorar a imunidade da pele.
  • Cicabio (Bioderma) – conta com óleos vegetais que fortalecem a barreira cutânea; peptídeo neuromodulador que diminui a sensação de dor e a coceira; além de equilibrar o microbioma da pele.
  • Creme Calmante Multireparador (Principia) – tem pantenol na mesma concentração do Cicaplast (porém mais barato); manteiga de karité que contém ceramidas naturais para reforçar a barreira cutânea; além de bisabolol para acalmar a pele.

5. Aposte em um óleo vegetal

Os óleos vegetais ajudam a reforçar a barreira e a evitar a perda de água.

Um dos meus favoritos para esse momento é o óleo de jojoba, que é leve e compatível com todos os tipos de pele.

6. Use protetor solar — sempre!

O ideal, nesse momento, é um protetor solar mineral, que tende a ser mais hipoalergênico.

Mas, mais importante do que ser mineral ou químico, é que ele não irrite a sua pele e que você goste de usar.

Afinal, o melhor protetor solar é aquele que você aplica todos os dias. Ah, e evite exposição direta ao sol!

7. Cuide da alimentação

A saúde da pele também vem de dentro. Priorize uma alimentação anti-inflamatória, reduzindo o consumo de carboidratos refinados, açúcar e gordura animal.

Isso pode ajudar na recuperação e ainda melhorar quadros como acne e melasma.

 

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